O Mercado da Comunicação não para.
Fique tranquilo, a gente te mantém informado.
Ninguém duvida do poder persuasão da publicidade.
Ela está presente em quase todos os ambientes, e muitas vezes parece de forma quase imperceptível, subliminar.
E por ser algo com tanto poder de influência, no mundo inteiro há vários setores de regularização que definem o que é ou não é eticamente aceitável dentro das propagandas.
O assunto fica mais delicado quando tratamos da publicidade direcionada ao público infanto juvenil.
As crianças são muito mais inocentes e suscetíveis que adultos, e por isso muitos acreditam que estão vulneráveis frente à publicidade.
É um debate antigo.
Muitos pais e educadores culpam as propagandas por incentivar hábitos de consumo compulsivo, contribuindo inclusive com os altos índices de obesidade infantil.
Na Noruega e na Suécia a publicidade para as crianças foi completamente banida, mas em outros lugares ela sofre severas regularizações.
No Brasil não é diferente.
Aqui, a publicidade em geral já é regulada de forma rígida. E em 2013 o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) reforçou as regras que regem todo tipo de anúncio para crianças, seja no rádio, TV, meio impresso ou mesmo nos pontos de venda.
As agências devem estar sempre especialmente atentas a essas regras.
Afinal, são as agências que fazem as propostas finais de campanhas, e podem aconselhar seus clientes a respeito de uma ideia que fere os limites estabelecidos pelo Conar.
Antes de criar um anúncio de um produto ou serviço direcionado ao público infantil, deve-se ficar atento às recomendações definidas no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Essas regras levantam muitas questões a respeito de até que ponto os hábitos das crianças são de responsabilidade das propagandas ou dos pais e educadores.
Muitos acreditam que as crianças podem estar expostas a propagandas e merchandising como qualquer pessoa, e que fica a cargo dos seus responsáveis estabelecer limites e ensinar quais hábitos e atitudes são ou não são corretos.
Enquanto isso, os próprios pais defendem que a propaganda pode afetar negativamente a vida as crianças, distorcendo seus valores ou fazendo com que elas se sintam inferiores, quando não podem ter o que está sendo divulgado.
Mas o fato é que, da mesma forma que os adultos são resguardados, também as crianças devem ser.
Além disso, as regulamentações do CONAR são elaboradas levando em consideração o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O CONAR tem um canal onde podem ser denunciadas propagandas que fogem do regulamento.
Se a denúncia for validada, um processo ético é aberto contra o anunciante e sua agência de publicidade.
Se no final da análise o Conselho de Ética considerar que o anúncio de fato fere o regulamento, pode ser recomendada a alteração do anúncio ou até mesmo a suspensão da sua veiculação em todo o país.
Nos últimos 30 anos, quase 8 mil campanhas publicitárias foram analisadas e julgadas.
No segundo semestre de 2012 foram aplicadas multas milionárias em empresas com forte presença na oferta de produtos e serviços voltados para crianças.
Quando paramos para analisar alguns dos casos julgados, é compreensível que regras como as que citamos tenham sido estipuladas.
Portanto, devemos ter muito cuidado e responsabilidade ao elaborar anúncios infantis.
Afinal, mais do que evitar multas e processos, devemos nos preocupar com os pequenos.
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